sábado, 1 de agosto de 2009

HAIFA WEHBE - HOMENAGEM À MULHER ÁRABE ...




Haifa Wehbe, é uma cantora nascida em Marajuna, um remoto vilarejo xiita do sul do Líbano, onde morava com sua família em uma modesta casa de dois quartos e sem banheiro. Transformou-se em símbolo sexual internacional dos árabes e sua canção é difundida por todas as emissoras de rádio e seu vídeo exibe movimentos de corpo sensuais, provocativos, às vezes quase lascivos. Haifa acompanhou o veterano ator egípcio Omar Sharif à cerimônia do Oscar, fez com um famoso jogador de futebol europeu a campanha publicitária de uma cerveja sem álcool e está rodando um filme em Hollywood.

Seu sucesso ultrapassou os limites da canção e do entretenimento dos povos do Oriente Médio. Os árabes nunca haviam conseguido um símbolo sexual internacional próprio. Não é a voz e nem a graça das letras que canta que conquistaram esse público sem fronteiras. Haifa, com seu erotismo suavizado, mas à flor da pele, comove até nas ondas do rádio e nos discos. Com sua arte leve e seu corpo em liberdade, encarna o espetáculo. É vedete e dançarina oriental ao mesmo tempo. Representa a provocante imagem de um novo estilo da canção árabe, muito distante das imortais Um Kalsum e Fairuz.

Dominando a bela baía de Junie, com seus milhares de luzes tremulantes, o cassino do Líbano, com seu suntuoso vestíbulo e suas escadarias solenes, foi o símbolo da vida alegre e despreocupada da capital libanesa antes das guerras. Desde 1959 e durante duas décadas, a reputação deste cassino, o maior do Oriente Médio, só perdia no cenário internacional para o de Montecarlo. Com sua longa cabeleira negra, vestida com uma calça branca curta e justa e um transparente e grande véu que mostrava os encantos de suas pernas nuas e de seu busto, Haifa Wehbe voltou a triunfar no cassino, e é a mais esplêndida estrela árabe da canção, a mais fulgurante estrela do Oriente.

Mas o erotismo de sua dança custou-lhe a rejeição de seu vilarejo natal, onde seu pai ainda vive humildemente e em cuja praça principal está o retrato de seu irmão Ahmad, miliciano da Amal morto em combate contra soldados israelenses. Ela não é bem-vinda e seus vizinhos não a deixaram assistir ao funeral do irmão.









......................

Nenhum comentário:

Postar um comentário