quarta-feira, 8 de julho de 2009
JOÃO ACÁCIO PEREIRA DA ROCHA
Foto clássica de João Acácio de quando foi preso e fichado pela polícia.
Manchetes na época da prisão.
O Bandido da Luz Vermelha foi um dos personagens mais freqüentes nas páginas policiais da década de 60.
O cartaz do filme "O Bandido da Luz Vermelha" (1968), do cineasta Rogério Sganzerla.
Arquivo: A libertação de Luz Vermelha, depois de 30 anos de prisão, foi notícia em todos os jornais do país.
Arquivo: na época em que foi solto, Acácio mostrava nítidos sinais de desequilíbrio mental.
Arquivo: o corpo de Luz Vermelha, logo após ter sido baleado pelo pescador Nelson Pinzegher.
Uma luz vermelha se apagou: a melancólica imagem de João Acácio Pereira da Costa no caixão.
Pescador que matou "Luz Vermelha" com um tiro de espingarda que o atingiu próximo ao olho esquerdo.
São Paulo, década de 60. Vestido de terno, colete, chapéu de feltro, luvas de couro, lenço para cobrir o rosto, lanterna com luz vermelha e dois revólveres, um ladrão solitário aterrorizou as noites da capital paulistana. Só atacava mansões. Roubava e obrigava as vítimas a cozinharem de madrugada para ele. Estuprava e, às vezes, assassinava. Começou a ser chamado de "Bandido da Luz Vermelha", referência a um assaltante e homicida norte-americano que ficou conhecido mundialmente, Caryl Chessman, que tinha este apelido e foi executado na câmara de gás de San Quentin, Califórnia, por 17 acusações de estupros e seqüestros. Chessman agia sempre sob uma Lâmpada vermelha igual dos carros de polícia e sempre alegou ser inocente. O Bandido da Luz Vermelha brasileiro agiu impunemente durante seis anos. A polícia de São Paulo só o identificou após recolher um fragmento de impressão digital no vidro da janela de uma mansão assaltada: João Acácio Pereira da Costa, 25 anos. Era fascinado pela cor vermelha. Dizia que era "a cor do diabo". Cometeu oficialmente 88 delitos: 77 assaltos, dois homicídios, dois latrocínios e sete tentativas de morte. Suspeita-se de que ele tenha estuprado mais de 100 mulheres. As vítimas nunca deram queixa. João Acácio Pereira da Costa, o "Bandido da Luz Vermelha", mantinha uma vida dupla. Nas folgas dos assaltos, era um pacato morador de um edifício na cidade de Santos, amável com os vizinhos. O apartamento era todo decorado de vermelho. Sempre viajava de ônibus de Santos para assaltar na capital paulista. Gostava de imitar o jeito de se vestir e de cantar de Roberto Carlos, então no auge da Jovem Guarda, e usar ternos semelhantes aos Beatles. Gastava o dinheiro dos roubos com mulheres e boates. Era apaixonado por filmes de faroeste: "Pistoleiros ao Entardecer", estrelado pelo ator inglês Randolph Scott, era o seu predileto. Preso no Paraná, em 1967, foi condenado a 351 anos de prisão. Na cadeia, recebeu flores e bilhetes apaixonados de algumas de suas vítimas de estupro. Em 1968,virou personagem do filme homônimo, do diretor Rogério Sganzerla. Cumpriu os 30 anos de prisão previstos na Constituição e foi libertado no final de 1997. Estava completamente desdentado ( tinha perdido 11 dentes) e sofrendo de sérios problemas psquiátricos. "Luz Vermelha" foi assassinado com um tiro de espingarda quatro meses e cinco dias depois de ser solto, durante uma briga com um pescador na cidade de Joinville, Santa Catarina.
Pescador que matou "Luz Vermelha" com um tiro de espingarda que o atingiu próximo ao olho esquerdo. O fato ocorreu na noite de 5 de janeiro de 1998 em Joinville, Santa Catarina. O pescador atirou no ex-presidiário para defender um irmão, Lírio, que "Luz Vermelha" tentava matar com uma faca. Anteriormente, Nelson e "Luz Vermelha" já tinham se desentendido porque o ex-detento assediava sexualmente a mãe, mulher e filhas do pescador. Nelson Pinzegher fugiu ao flagrante. Apresentou-se dias depois e respondeu ao processo em liberdade. Foi absolvido pelo Tribunal do Júri de Joinville, apesar de ter sido denunciado por crime qualificado. A própria promotoria pediu a absolvição por legítima defesa de terceiro, que era exatamente a tese da defesa.
MAIS :
João Acácio Pereira da Costa, o "Bandido da Luz Vermelha" (Joinville, SC, 24 de junho de 1942 — Joinville, SC, 5 de janeiro de 1998), foi um notório criminoso brasileiro.João Acácio ficou órfão com apenas quatro anos, dali por diante, sua vida no crime se iniciou. Chegou em São Paulo ainda na adolescência, fugindo dos furtos que praticara em Santa Catarina. Foi morar em Santos, onde se dizia filho de fazendeiros e bom moço. Na verdade, levava uma vida pacata no lugar que escolheu pra morar, praticando seus crimes em São Paulo e voltando incólume para Santos. Sua preferência era por mansões. Seu estilo próprio de cometer os crimes (sempre nas últimas horas da madrugada, cortando a energia da casa, usando um lenço para cobrir o rosto e carregando uma lanterna com bocal vermelho) chamou a atenção da imprensa, que o apelidou de "Bandido da Luz Vermelha", em referência ao notório criminoso estadunidense Caryl Chessman, que tinha o mesmo apelido.[carece de fontes ] Gastava todo o dinheiro dos assaltos com mulheres e boates. A polícia levou seis anos para identificá-lo, conseguindo identificá-lo após ele deixar suas impressões digitais na janela de uma mansão. Preso em 8 de agosto de 1967, enquanto estava foragido no Paraná, é acusado por quatro assassinatos, sete tentativas de homicídio e 77 assaltos, sendo condenado a 351 anos, 9 meses e três dias de prisão, dizem que cometeu estupro ou que teve relações sexuais com as vítimas de seus crimes, porém não foi acusado deste crime (o comentário era que recebia muitas visitas de mulheres desconhecidas que choravam sua ausencia). Após cumprir os 30 anos previstos em lei, é libertado em 26 de agosto de 1997. Após libertado, ganha fama na cidade onde passa a morar (Joinville, em Santa Catarina), tinha obsessão em vestir roupas vermelhas e quando alguém lhe pedia um autógrafo ele simplesmente escrevia a palavra "Autógrafo". Passa apenas quatro meses e vinte dias em liberdade; foi assassinado com um tiro de espingarda em 5 de janeiro de 1998, durante uma briga com um pescador na cidade de Joinville, Santa Catarina. Sua vida de crimes inspirou o filme O Bandido da Luz Vermelha de 1968, do cineasta Rogério Sganzerla, em que foi vivido pelo ator Paulo Villaça. Apesar de ser um filme verídico, seu final porém foi fictício no qual o personagem principal comete suicídio.Foi sátirizado pelos humoristas do programa Hermes & Renato onde até fez um clipe com "Demo Lock MC" (uma sátira de satanás).
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